Brasil: berço de grandes cineastas

Kleber Mendonça Filho  

Seguindo com uma breve biografia dos principais cineastas, agora brasileiros, não podemos deixar de citar Kléber Mendonça Filho. 

Kléber nasceu em novembro de 1968, em Recife. Cursou Jornalismo na Universidade Federal de Pernambuco e se tornou crítico de cinema. 

Em 2000, iniciou a sua carreira como diretor e lançou os seus primeiros curtas. Em 2004, Kléber recebeu os prêmios de Melhor Direção, Melhor Montagem e o Prêmio de Crítica no Festival de Brasília, com o filme Vinil Verde. 

Em 2016, Kléber produziu o longa-metragem Aquarius, e em 2019, Bacurau. Filmes que entraram na lista dos 10 melhores filmes do ano, feita pelo jornal The New York Times. 

O filme Bacurau, que também teve a direção de Juliano Dornelles, conquistou o famoso Prêmio do Júri no Festival de Cannes, se tornando o primeiro filme brasileiro na história a vencer o prêmio. Além de conquistas outros prêmios ao redor do mundo, como o de Melhor Filme nos Festivais de Munique e de Lima.

Suas produções revelam um olhar crítico sobre inúmeros aspectos das relações pessoais e desigualdades, sempre com um tom irônico sobre as mesmas. 

Walter Salles   

Walter Salles também é um dos cineastas brasileiros de prestígio. Ele nasceu em 1956 no Rio de Janeiro, passou boa parte da infância no exterior e ao retornar ao Brasil, fez o curso de Economia, porém não permaneceu na carreira. Em 1979, iniciou a sua segunda graduação, desta vez em Comunicação Visual.  

A partir de 1983, produziu séries e programas para a televisão e em 1991 produziu o seu primeiro longa-metragem: A Grande Arte. Em 1995, foi a vez de Terra Estrangeira, filme premiado no Brasil, na França, Bélgica, Uruguai e Estados Unidos. 

O filme Central do Brasil, lançado em 1998, foi o que mais trouxe destaque. No elenco a atriz  Fernanda Montenegro, sendo indicada ao Oscar de Melhor Atriz e que conquistou o Urso de Prata na mesma categoria. 

Camila de Moraes   

As mulheres brasileiras também detém poder e destaque, a começar por Camila de Moraes. A cineasta é a primeira mulher negra brasileira a ter um longa-metragem cotado para representar o Brasil no Oscar 2019 na categoria melhor filme estrangeiro com O Caso do Homem Errado.

Esta mesma produção venceu o Festival Internacional de Cine Latino, Uruguayo y Brasileiro na categoria melhor filme. 

Camila atua no mercado audiovisual há 12 anos e também dirigiu o curta A Escrita do Seu Corpo, em 2016, que versa sobre as questões de identidade racial e gênero. 

Ela também se destacou no seu trabalho na série de ficção Nós Somos Pares, que conta a história de seis mulheres negras e seus relacionamentos afetivos. 

Ana Muylaert  

Anna Muylaert, cineasta, diretora e roteirista brasileira. Estudou Cinema na Escola de Comunicação e Artes da Universidade de São Paulo (ECA/USP). 

Suas produções possuem conflitos psicológicos, passagens de tempo e dilemas das sociedades modernas.

No princípio da carreira, ela produziu alguns curtas-metragens, escreveu e dirigiu Rock Paulista e participou da criação de programas da TV Cultura, como Mundo da Lua e Castelo-Rá-Tim-Bum.

Anna tem um currículo extenso com produções de destaque como os longas-metragens de Que Horas Ela Volta?, de 2015; Xingu, de 2012; e É Proíbido Fumar, de 2009. 

Laís Bodanzky  

Laís nasceu em São Paulo em 1969 e tem formação em Cinema pela Fundação Armando Álvares Penteado, FAAP.

Iniciou a carreira com curtas-metragens, como Desliga Esse Troço, de 1993. Ela ganhou prêmios, incluindo de Melhor Direção no Fest Rio 94 com o curta-metragem Cartão Vermelho, de 1994.

Em parceria com o roteirista Luiz Bolognesi criaram o Cine Mambembe em 1996. O projeto tinha o objetivo de viajar pelo interior do Brasil exibindo curtas brasileiros em espaços públicos.

Do projeto nasceu o documentário de 1998 chamado Cine Mambembe – O cinema descobre o Brasil. A produção ganhou prêmios nacionais e internacionais.

A sua estreia com longas-metragens foi em 2001, com o filme Bicho de Sete Cabeças, outra grande produção de destaque.

Seu trabalho tem ênfase em dramas universais e a relação entre as pessoas.

 

Por: Patrícia Milagres e Juliana Rodrigues