Representatividade LGBTQIA+ no CINEMA
Hoje, dia 28 de Junho, comemoramos em todo o mundo O Dia Internacional do Orgulho LGBTQIA+. Essa data se tornou um marco para a comunidade após um confronto policial no bar gay Stonewall (como também ficou conhecida a Revolta), no bairro nova-iorquino Greenwich Village, no ano de 1969.
No cinema, a representatividade LGBTQIA+ pode ser percebida de diversas formas. Desde as obras cômicas, dramáticas ou até mesmo um bom romance de época. Entretanto, essa presença só ganhou maior espaço e visibilidade apenas nos últimos tempos, depois de muitos anos de luta.
A Revolta de Stonewall permitiu que o tema virasse pauta em diversos espaços, e no universo cinematográfico não foi diferente. Mesmo que marcada por diversas críticas, às obras cinematográficas que representam corpos LGBTs no cinema, retratam vivências, histórias e além disso, permite visibilidade dentro do audiovisual para temas que refletem minorias, ampliando um espaço de discussão.
Essa é uma data importante para celebrar a sensibilidade, o orgulho e as vidas de pessoas LGBTQIA+. Então, foi pensando nisso, que separamos algumas produções cinematográficas para você conhecer e se adentrar nesse universo colorido:
Moonlight, sob a luz do luar (2016):
Em Moonlight: Sob a Luz do Luar, acompanhamos três momentos da vida de Chiron, um jovem negro morador de uma comunidade pobre de Miami. Do bullying na infância, passando pela crise de identidade da adolescência e a tentação do universo do crime e das drogas, este é um poético estudo de personagem.
Priscilla, a rainha do deserto (1994):
Priscilla: Rainha do Deserto é um filme dirigido por Stephan Elliott. Nele, as drag queens Anthony (Hugo Weaving) e Adam (Guy Pearce) e a transexual Bernadette (Terence Stamp) são contratadas para realizar um show em Alice Springs, uma cidade remota localizada no deserto australiano. Eles partem de Sydney a bordo de Priscilla, um ônibus, tendo a companhia de Bob (Bill Hunter). Só que no caminho eles descobrem que quem os contratou foi a esposa de Anthony.
Rafiki (2019):
Kena (Samantha Mugatsia) e Ziki (Sheila Munyiva) são grandes amigas e, embora suas famílias sejam rivais políticas, as duas continuaram juntas ao longo dos anos, apoiando uma a outra na batalha pela conquistas de seus sonhos. A relação de amizade transforma-se em um romance que passa a afetar a rotina da comunidade conservadora em que vivem. As jovens terão que escolher entre experienciar o amor que partilham, ou se distanciar em função de uma vida segura.
A garota dinamarquesa (2016):
Cinebiografia de Lili Elbe (Eddie Redmayne), que nasceu Einar Mogens Wegener e foi a primeira pessoa a se submeter a uma cirurgia de mudança de gênero. Em foco o relacionamento amoroso do pintor dinamarquês com Gerda (Alicia Vikander) e sua descoberta como mulher.
Carol (2016):
Em Carol, acompanhamos Therese Belivet (Rooney Mara), uma jovem que tem um emprego entediante na seção de brinquedos de uma loja de departamentos. Um dia, ela conhece a elegante Carol Aird (Cate Blanchett), uma cliente que busca um presente de Natal para a sua filha. Carol, que está se divorciando de Harge (Kyle Chandler), também não está contente com a sua vida. As duas se aproximam cada vez mais e, quando Harge a impede de passar o Natal com a filha, Carol convida Therese a fazer uma viagem pelos Estados Unidos.
A morte e a vida de Marsha P. Johnson (2017):
Documentário sobre o legado político deixado por Marsha P. Johnson, a estrela da TV americana e lendária figura do gueto gay de Nova York, conhecida por muitos como a “Rosa Parks do mundo LGBT”. Ao lado de Sylvia Rivera, Marsha foi a responsável por fundar a Transvestites Action Revolutionaries, um grupo de ativistas trans.
Por: Mírian dos Santos Neves